A origem do Fado, um estilo musical tipicamente lisboeta, é de difícil localização temporal e geográfica: uns pensam que o Fado terá nascido a partir dos cânticos do povo muçulmano, marcadamente dolentes e melancólicos; outros remetem temas e inspirações para as cantigas - de amigo, de amor e de escárnio e maldizer - dos trovadores medievais portugueses; outros ainda, pensam que terá origem no “lundum”, música dos escravos brasileiros trazida para Lisboa no regresso do Rio de Janeiro da corte de D. João VI, por volta de 1820.
Em Lisboa, o Fado é um fenómeno incontornável nos bairros mais antigos da cidade e é cantado em inúmeros restaurantes típicos, as Casas de Fado. Neste locais, à hora do Fado baixam as luzes, os artistas ocupam os seus lugares, param as conversas na sala e faz-se silêncio, o silêncio é parte do espectáculo.
Os temas mais recorrentes do Fado são a saudade, o amor e a cidade. A ideia de destino (fado deriva do latim fatum, o destino), como força implacável para além da vontade humana, é essencial para a sua verdadeira compreensão.